Os tempos modernos caracterizam-se por um estilo de vida mais exigente onde a prática de hábitos alimentares tradicionais tem vindo a ser substituída por um consumo exacerbado de produtos alimentares processados de baixo valor nutricional, associado a um menor tempo de preparação e confeção das refeições, simultaneamente com menor dedicação ao entorno familiar.
A gastronomia pertence ao domínio das ciências, da política e da cultura e pode constituir um veículo de promoção de hábitos alimentares e culturais protetores da saúde através da preservação de bons hábitos e tradições alimentares portuguesas de reconhecido valor cultural e enquanto elemento de proteção da saúde.
O consumo de alimentos confecionados de forma inadequada, ao nível da restauração coletiva e/ou particular, contribui para padrões alimentares desadequados e dietas hipercalóricas, ricas em gorduras saturadas e gorduras “trans”, açúcares simples, sal e baixo teor de fibras. Programas que promovam comportamentos alimentares reconhecidamente protetores da saúde, nomeadamente através da preservação da arte da cozinha e da culinária saudável contribuem para melhorar a qualidade e disponibilidade alimentar e nutricional através do ensino de métodos de preparação, confeção e apresentação mais adequados.